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Bjocas espertas,
Jana.
terça-feira, 23 de setembro de 2008
domingo, 22 de junho de 2008
Comigo
Na varanda, de lingerie, às cinco da manhã, sente-se no frio. E pede ao céu aclarado um pouco de terra, a fim de se apresentar ao outro como seja.
Bem-te-vi, fumaça das narinas. Bem-te-vi, nuvens gris na linha dos concretos [ainda assim, um é tão e sempre distinto do outro] Bem-te-vi, muito em breve, será de nova passarinho. Agosto dos futuros recuerdos.
'Se não lhe vale uma jura, toma esta ao menos na dança de hoje. Jure não, mas fique.'
Da primeira ida à gaveta, pegou um pedacinho já rabiscado pra ir bem alí concluí-lo com dois anos de atraso. Da segunda, escolheu um em branco. Então, ainda em compasso de passos repetidos, coloriu este também. No rouge de antes, ela de agora enternecida pelo reencontro, aflora o prazer destas palavras amanhecidas pelo deslocamento no espaço. Ela conclui que, muitas das vezes, mister é mover-se de lugar para fazer caminhar o tempo. Talvez intua que os dois senhores não avancem senão juntos. Assim, uma decisão que se tome por um, irremediável é que ao outro altere [sendo o estar-humano a mescla de pulso que resulta dessa transa]
Terceiro pedaço [maior] de papel em branco.
Haja tesão pelo afora. E mais pelo que há de vir pousar a seu lado por culpa de um só chamado - longínquo no tempo, tão perto no espaço. Tão claro.
Anuvia, não contentam acertos de flauta. Deixa errar um pouco. Não um erro dela que a ela macule, nem aos outros. Mas um pecado ao suposto estabelecido, um erro nas idéias que não são dela, mesmo que a ela pareçam emoldurar. Que são idéias...[?] São o alheio. Portanto, na sede de se divisar do que está fora, classifica enquanto olha: telhado, planta, poste, nuvem, arranha-céu, corpo e o que ela disso vê [no inteligível que lhe cabe, pelo inconcebível que a ela poderia definir, se a natureza assim o permitisse]
Fugir de si, não. Abre os olhos a menina, quer crescer do lado de fora de casa. Vai amar, talvez doa. Vai doer, talvez sare. Vai sarar voando.
Daqui de dentro, água de fogo fruindo alma de vento [soprando pra se sentir]
Bendito o mundo, ela está incompleta mas é inteiriça, É mas. Esse mas que não se basta porque se sobra.
Os sinos da igreja badalam seis horas [anunciam o tempo de lavar os pés no mar]
Vai grata pelo chão em que nasceram seu nome e seu corpo.
Despede-se dele sem pressa, mais por ritual que por partida.
Já que bem sabe que nela ele ecoa tantas vozes quantas outras vozes ouça.
Tanto quanto experimente, experimentará do mar de onde veio.
Ela é onde pisou desde pequena. Ela é quando nasceu. Quem por ela cruze nesse vasto porvir é com um estar que cruza. E, mesmo isso não sendo pouco, não qualifica o reino infindo que ela [apenas] figura. Sem ele, seria ela rasa flor do vento, transparente e irresoluta. Por apenas não ser de ar, por ar se embala e se transporta. Mar de brasa confundido em algodão gris.
Desnuda-se não para que a vejam, ainda que seja inevitável [e adorável]. Entrega-se simplesmente para que jamais cometa a gafe de contentar-se consigo.
Mulher do mar. Mar de mundo.
Bem-te-vi, fumaça das narinas. Bem-te-vi, nuvens gris na linha dos concretos [ainda assim, um é tão e sempre distinto do outro] Bem-te-vi, muito em breve, será de nova passarinho. Agosto dos futuros recuerdos.
'Se não lhe vale uma jura, toma esta ao menos na dança de hoje. Jure não, mas fique.'
Da primeira ida à gaveta, pegou um pedacinho já rabiscado pra ir bem alí concluí-lo com dois anos de atraso. Da segunda, escolheu um em branco. Então, ainda em compasso de passos repetidos, coloriu este também. No rouge de antes, ela de agora enternecida pelo reencontro, aflora o prazer destas palavras amanhecidas pelo deslocamento no espaço. Ela conclui que, muitas das vezes, mister é mover-se de lugar para fazer caminhar o tempo. Talvez intua que os dois senhores não avancem senão juntos. Assim, uma decisão que se tome por um, irremediável é que ao outro altere [sendo o estar-humano a mescla de pulso que resulta dessa transa]
Terceiro pedaço [maior] de papel em branco.
Haja tesão pelo afora. E mais pelo que há de vir pousar a seu lado por culpa de um só chamado - longínquo no tempo, tão perto no espaço. Tão claro.
Anuvia, não contentam acertos de flauta. Deixa errar um pouco. Não um erro dela que a ela macule, nem aos outros. Mas um pecado ao suposto estabelecido, um erro nas idéias que não são dela, mesmo que a ela pareçam emoldurar. Que são idéias...[?] São o alheio. Portanto, na sede de se divisar do que está fora, classifica enquanto olha: telhado, planta, poste, nuvem, arranha-céu, corpo e o que ela disso vê [no inteligível que lhe cabe, pelo inconcebível que a ela poderia definir, se a natureza assim o permitisse]
Fugir de si, não. Abre os olhos a menina, quer crescer do lado de fora de casa. Vai amar, talvez doa. Vai doer, talvez sare. Vai sarar voando.
Daqui de dentro, água de fogo fruindo alma de vento [soprando pra se sentir]
Bendito o mundo, ela está incompleta mas é inteiriça, É mas. Esse mas que não se basta porque se sobra.
Os sinos da igreja badalam seis horas [anunciam o tempo de lavar os pés no mar]
Vai grata pelo chão em que nasceram seu nome e seu corpo.
Despede-se dele sem pressa, mais por ritual que por partida.
Já que bem sabe que nela ele ecoa tantas vozes quantas outras vozes ouça.
Tanto quanto experimente, experimentará do mar de onde veio.
Ela é onde pisou desde pequena. Ela é quando nasceu. Quem por ela cruze nesse vasto porvir é com um estar que cruza. E, mesmo isso não sendo pouco, não qualifica o reino infindo que ela [apenas] figura. Sem ele, seria ela rasa flor do vento, transparente e irresoluta. Por apenas não ser de ar, por ar se embala e se transporta. Mar de brasa confundido em algodão gris.
Desnuda-se não para que a vejam, ainda que seja inevitável [e adorável]. Entrega-se simplesmente para que jamais cometa a gafe de contentar-se consigo.
Mulher do mar. Mar de mundo.
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